Agressor foi preso no bairro Mata do Jacinto
Durante a prisão de um dos agressores na deflagração da operação feita pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), na manhã desta sexta-feira (2), o autor desacatou a delegada batendo boca após ser levado para a delegacia, em Campo Grande. 11 agressores foram levados para a delegacia.
O agressor que já tem outras passagens teria se irritado com a presença da imprensa na delegacia quando começou a desacatar a delegada a chamando de ‘madame’. Em seguida ele disse que a Justiça no Brasil não funciona para policiais.
“Tem medo de entrar no morro e está prendendo quem trabalha”, disse para a delegada que o autuou por desacato. A operação em alusão a campanha do Agosto Lilás. Outro agressor foi encontrado na casa da mãe. O autônomo foi detido no bairro Rita Vieira. Os mandados foram cumpridos em vários bairros da cidade.
A Operação ‘Mulheres em Foco’ contou com mais de 20 policiais nas ruas de Campo Grande em cumprimento a diversos mandados de prisão de violência doméstica.
A Operação faz parte das ações desenvolvidas pela delegacia em alusão a este mês de intensificação dos trabalhos de enfrentamento à violência de gênero.
Agosto Lilás
A campanha quer sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o necessário fim da violência contra a mulher, além de divulgar os serviços especializados da rede de atendimento à mulher em situação de violência e os mecanismos de denúncia existentes.
A campanha idealizada no Mato Grosso do Sul, ganhou destaque nacional em 2022, com a promulgação da Lei 14.448, que institui nacionalmente, o Agosto Lilás como mês de proteção à mulher, destinado à conscientização para o fim da violência contra a mulher.
Lei Maria da Penha
A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) estabelece que o Estado tem a responsabilidade de combater a violência contra mulheres no ambiente doméstico e familiar, o que representou uma inovação significativa na legislação brasileira. Antes dessa lei, casos de violência doméstica eram tratados como pequenas causas em juizados especiais, onde muitas vezes buscava-se conciliação entre vítima e agressor, o que contribuía para a naturalização da violência.