Polícia ainda investiga a descoberta de outra quadrilha que age no mesmo modus operandi em Campo Grande
A quadrilha especializada em furto de motocicletas em Campo Grande, que foi identificada e presa na quarta-feira (17), adulterava os veículos e os vendiam na internet como ‘bob’, que são os veículos com restrição no documento. Cinco pessoas foram presas, mas a polícia continua atrás do ‘cabeça’ da quadrilha.
Ao total, o Batalhão de Choque esclareceu que recuperou cerca de 100 veículos fruto de furto/roubo só este ano.
As motocicletas, por exemplo, que eram avaliadas em R$ 15 mil, eram vendidas pela quadrilha a R$ 3 mil.
O tenente-coronel Rigoberto Rocha da Silva, comandante do BPChoque, explicou que cada um tinha sua função na organização criminosa. Além do chefe, há dois homens que foram presos, estes eram responsáveis por anunciar nas redes sociais e entregar as motocicletas furtadas.
Outros dois homens também foram presos, mas por receptação e uma mulher, que foi presa, era quem recebia o PIX das motos vendidas.
Segundo o comandante, a quadrilha era especializada no furto e receptação de motocicletas. A ação para identificar a quadrilha durou dois dias, desde a denúncia.
A princípio a ação iniciou no bairro Maria Aparecida Pedrossian e depois se alastrou pela cidade. A informação é de que a quadrilha agia apenas na Capital.
Em investigação, a polícia chegou até os dois integrantes da quadrilha quando seguiam para entregar o veículo furtado. Eles então confessaram o crime e relataram como o cometiam. Afirmaram ainda que a função deles era apenas divulgar nas redes sociais e vender.
Eles ainda afirmaram que há um chefe, que é quem faz a remarcação do chassi e motor dos veículos, para que sejam vendidos como ‘bob’.
Posteriormente, a polícia conseguiu chegar até duas pessoas que compraram as motos. Eles foram presos por receptação.
Depois identificaram a mulher, responsável por receber o pagamento via PIX das motos vendidas. Ela foi presa por associação criminosa.
Ao todo, foram recuperadas cinco motocicletas, mas a polícia acredita que há mais vítimas dos furtos e também outros autores de receptação, assim como possivelmente mais integrantes da quadrilha.
A suspeita é de que eles agiam há três anos.
Durante a ação, o Batalhão de Choque identificou outra quadrilha, fora desse grupo, que age no mesmo modus operandi, com remarcação de veículos e revenda nas redes sociais e de motocicletas furtadas, neste caso a investigação ainda está em andamento.