Suspeito tentou fugir de moto em alta velocidade, mas foi perseguido e detido pela Polícia Militar
Agiota, de 34 anos, foi preso em flagrante no final da tarde desta quarta-feira (10) enquanto a Polícia Militar atendia uma ocorrência de ameaça denunciada por uma jovem, de 25 anos, no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Ele chegou a passar na mesma rua em que a vítima mora.
Segundo informações do boletim de ocorrências, a jovem explicou para os militares que passou a receber inúmeras mensagens no seu celular em maio, onde os textos indicavam que ela seria prima de uma mulher que devia quantias em dinheiro para esse agiota.
O suspeito que repassava essas mensagens ainda dizia que caso a jovem não pagasse, a casa em que ela mora seria invadida e todos seriam mortos. No início do mês, a vítima decidiu procurar a 6° Delegacia de Polícia Civil para registrar a ocorrência de extorsão. Porém, nem mesmo o registro havia surtido efeito.
Ela relatou que seguiu recebendo ameaças diariamente e que durante a quarta-feira, visualizou dois motociclistas em frente a residência, quando decidiu acionar a Polícia Militar. Enquanto os militares ouvia o relato da jovem, dois indivíduos em duas motos entraram na mesma rua e os policiais decidiram realizar a abordagem, porém, ambos fugiram.
Foi feito o acompanhamento tático e após um certo tempo de perseguição, o agiota foi preso na rua Arquiteto Álvaro Mancine. O suspeito manteve a mesma versão, dizendo que a tal prima da vítima devia dinheiro para ele e por isso realizou as ameaças por meio de mensagens.
Durante os procedimentos, a Polícia Militar notou que o indivíduo não tinha carteira de habilitação e a motocicleta em questão, uma Honda CG 125 Titan, estava com mais de R$ 20 mil em multas. Além disso, na ocorrência, o celular do agiota não parava de tocar com mensagens informando pagamentos e solicitando empréstimo, o que deixou claro o esquema de agiotagem.
Já na delegacia, outra jovem, de 28 anos, compareceu dizendo que recebia ameaças no celular desde o dia 18 de março, possivelmente do mesmo número que enviava as mensagens para a primeira vítima.
O caso foi registrado como extorsão e dirigir veículo automotor sem permissão.