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Saiba quem são os 3 presos por invadir apartamento de ex-governador de MS

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Com idades entre 23 e 29 anos, os três suspeitos vieram a Campo Grande para cometer crimes e voltaram para SP, onde foram capturados

 

Antônio Matheus Silva Souza, 29 anos, Davi Morais Saldana, 24 anos, e Ítalo Alexandre França Silvestre, de 23 anos. Foi apurado que são esses os três presos por invadir o prédio onde mora o ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), para cometer furto, no fim de semana de 9 e 10 de junho.

Trio que invadiu apartamento de ex-governador de MS
Da esquerda para a direita: Davi, Antônio Matheus e Ítalo (Foto: redes sociais)

 

No chute, eles arrombaram a porta do imóvel onde reside o político e levaram joias e outros objetos de valor, conforme detalharam delegados do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), que foram a São Paulo (SP), onde o trio foi preso, e depois recambiado para Mato Grosso do Sul.

De acordo com a investigação policial, não houve escolha de qual seria o imóvel invadido.

Depois de conseguir entrar no residencial, os homens agiram por “tentativa e erro”, até achar um apartamento sem ninguém, entrar e vasculhar atrás de coisas de valor. Os produtos do furto foram levados numa bolsa das vítimas, pois os ladrões entram de mãos limpas, segundo os levantamentos feitos pelo Garras.

Quem são

Antônio Matheus, o mais velho, é dono de ficha corrida por crimes de extorsão, roubo e receptação, segundo as ações em trâmite no TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

O caso de roubo se refere a crime cometido em maio de 2023, na capital paulista.

 

“No dia 16 de maio de 2023, por volta das 1630in, na concessionária —– do Capão Redondo, agiu em concurso de agentes e unidade de desígnios entre eles e mais outros indivíduos não identificados, mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo em desfavor das vítimas …….. e …….., subtraíram, para proveito comum, três motocicletas.” Trecho de peça processual

 

Pela narração contida nos autos, Antônio Matheus fugiu quando estava sendo entrevistado pelos policiais. Acabou deixando cair um documento de identidade, permitindo sua qualificação, termo técnico para o ato de identificar a pessoa envolvida num crime. As vítimas do assalto o reconheceram como um dos ladrões.

Ao final do processo, foi condenado à pena de 15 anos e nove meses de reclusão. Foi relembrada na sentença a vida marginal pregressa.

 

“Observo que o réu também ostenta três condenações definitivas por duas receptações e um roubo, sendo portador de maus antecedentes.” Sentença da Justiça de SP

Especialista

Davi Morais Saldana é outro participante do crime em Campo Grande com antecedentes criminais. No caso dele, foram encontrados três processos por furto qualificado, semelhantes ao episódio ocorrido no prédio de alto padrão no Jardim dos Estados. Ou seja, como os delegados Pedro Henrique Pillar Cunha e Roberto Guimarães explicaram à imprensa, era especialista nesse tipo de ilícito.

Delegados do Garras, Pedro e Roberto
Delegados Pedro Henrique e Roberto Guimarães, responsáveis pelo caso (Foto: Vinícius Souza)

“No dia 06/08/19, às 11:30 horas, na Rua Agenor de Lima Franco, 116, apto 12 c, Butantã, São Paulo, SP, dois indivíduos desconhecidos, sendo um do sexo masculino e outra pessoa do sexo feminino, subtraíram diversos objetos e dinheiro, mediante rompimento da porta de entrada do referido apartamento da vítima”, descreve peça processual.

Conforme o relato na ação penal, Davi estava acompanhado de uma mulher jovem, de menos de 20 anos, e ficou a cargo dela convencer o porteiro da necessidade de entrar no edifício para encontrar um morador.

Por esse delito, foi condenado a dois anos de reclusão, pena que foi transformada em restritiva de direitos, ou seja, não foi para a cadeia, pagando a dívida com prestação de serviço à comunidade. A legislação permite essa forma de punição para crimes de menor potencial.

Em relação ao terceiro participante do furto em Campo Grande, Ítalo Alexandre França Silvestre, o mais jovem do trio, a reportagem não localizou ação penal na Justiça de São Paulo.

Isso não quer dizer que é ficha limpa. Processos em sigilo não são mostrados, por exemplo. Além disso, investigações em fase policial também não são disponibilizadas.

Na internet, a consulta ao nome de Ítalo mostrou que ele já atuou como estagiário de tecnologia da informação.

Na cadeia

Ele e os outros dois suspeitos de invadir o apartamento do ex-governador estão em prisão preventiva, aquela sem prazo. Foram transferidos de São Paulo para Campo Grande na terça-feira, para responder ao inquérito.

Como estão atrás da grade, o Garras tem 10 dias para concluir o inquérito e encaminhar ao Judiciário. A partir daí, cabe ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), apresentar a denúncia ao juiz responsável que, por sua vez, decide se transforma os indiciados em réus.

A pena para furto qualificado prevista na lei fica entre dois e oito anos.

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