Suspeita é que golpes tenham perfurado um dos pulmões; vítima já vinha sendo perseguida pelo indivíduo, mesmo com medida protetiva
Mulher, de 32 anos, foi socorrida em estado grave na manhã desta segunda-feira (10) após ser esfaqueada diversas vezes em uma tentativa de feminicídio cometida pelo seu ex-companheiro, de 37 anos, na frente do filho, de 7 anos, no Jardim das Cerejeiras, em Campo Grande. O suspeito conseguiu fugir do local.
A informação inicial apurada é que existe a suspeita que um dos golpes tenha perfurado um dos pulmões da vítima, agravando ainda mais seu estado de saúde. Relatos apontam que foram de quatro a cinco golpes nas costas da vítima.
Com o socorro chamado, ela foi encaminhada primeiramente para o UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, mas deverá ser transferida para a Santa Casa, devido à gravidade dos ferimentos.
A mulher estava separada do suspeito há alguns meses e possuía medida protetiva contra o autor, mas mesmo assim, vinha sendo perseguida pelo suspeito há cerca de três meses, tempo que eles estariam separados após o término do relacionamento.
Uma testemunha, que preferiu não se identificar, relatou que estava saindo para trabalhar, quando visualizou a vítima saindo do condomínio e de repente, passou a ouvir gritos de uma vizinha, que percebeu o ataque repentino contra a mulher. Inicialmente, ele pensou que se tratava de um assalto, mas logo tomou conhecimento da tentativa de feminicídio.
“Ela estava apagada, já estava desfalecida e com cerca de 4 ou 5 furos nas costas, muito feio. Ele já fez bagunça aqui, já deu até desavença entre os próprios moradores [do condomínio], achando que foi um que fez com o outro, só que a mãe da menina falou que foi ele [suspeito] que estava fazendo a arruaça, riscando o carro, perturbando porque ele mora aqui perto”, detalhou a testemunha.
O rapaz que relatou o episódio também afirmou que o filho do casal presenciou toda a cena da mãe ensanguentada na frente do condomínio. “De pijaminha e viu tudo, ela no chão, toda esfaqueada. Foi lamentável”, finalizou.
A Polícia Militar esteve no local isolando a área até a chegada da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e da Polícia Científica.