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Jovens “bumerangue”? Três dicas para pais de filhos que voltam para casa

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Estudo mostra que os filhos voltam a morar com os pais, principalmente, por questões financeiras

 

Se você é um recém-formado que está tentando sair de casa e começar sua vida nos Estados Unidos: Que pena. Para aspirantes a compradores de imóveis, os EUA acabaram de passar pelo mês de abril com o preço mais alto já registrado, segundo a National Association of Realtors.

Quanto ao aluguel, ele é inacessível para metade dos locatários, de acordo com um estudo do Harvard Joint Center for Housing Studies. Isso cria um terreno fértil para o fenômeno conhecido como… o “filho bumerangue”.

Muitos jovens adultos estão morando com os pais porque isso faz sentido do ponto de vista financeiro, mostrou pesquisa da empresa de serviços financeiros Thrivent. De fato, 46% dos pais dizem que seus filhos adultos “bumerangue” voltaram para casa em algum momento, e 50% deles dizem que os custos altíssimos de moradia são os culpados.

“É um pouco surpreendente, porque eu não sabia que os números eram tão substanciais”, disse Alex Gonzalez, consultor financeiro da Thrivent em Bloomington, Minnesota. “Mas é certamente compreensível que os pais ajudem seus filhos a começar na vida”, acrescenta Gonzalez, que, aliás, é pai de dois filhos bumerangues.

Embora um “bumerangue” de volta à casa dos pais possa ser a escolha financeira inteligente, ele também pode criar uma situação altamente explosiva. Os relacionamentos mudam à medida que os filhos tornam-se adultos. E quando dinheiro, história e emoções são jogados em um liquidificador, tudo precisa ser tratado com muito cuidado.

Aqui estão três dicas para pais de filhos bumerangues.

Faça com que os “filhos bumerangue” contribuam

Como membros da família, presumivelmente com renda própria a essa altura, os “filhos bumerangue” devem contribuir com as despesas. Mas as exigências financeiras podem depender de você e de suas circunstâncias específicas.

Por exemplo, os filhos podem pagar “aluguel” e/ou contribuir com uma parte das contas mensais para ajudar a custear as despesas dos pais. Ou, em vez de pagar o aluguel, os filhos podem usar esse montante de dinheiro para a adequação fiscal: para criar uma poupança de emergência, pagar empréstimos estudantis, iniciar uma conta de aposentadoria ou criar um fundo de entrada para sua própria casa.

“Talvez o filho seja cobrado pelo aluguel e pelas comodidades, mas com um desconto que ajude ambas as partes envolvidas”, sugere Andrew Herzog, planejador financeiro em Plano, Texas. “Conheço uma pessoa que voltou a morar com os pais enquanto trabalhava como professora em tempo integral, economizou muito dinheiro nesse meio tempo e pagou um pouco de aluguel para se acostumar com as despesas de moradia.”

Faça um plano e seja claro sobre ele

Um “bumerangue” pode dar errado quando as expectativas de ambos os lados são muito diferentes e os ressentimentos começam a se acumular.

Evite esses mal-entendidos, conversando com antecedência e, talvez, até anotando tudo. Há um prazo que você tem em mente, por exemplo, um ou dois anos? Você quer ver provas de que seus filhos estão progredindo financeiramente ao longo do caminho, ou isso parece muito invasivo?

“Todos precisam de parâmetros claros em relação à natureza desse acordo e sua duração”, aconselha Ashley Folkes, planejadora financeira em Hoover, Alabama. “Os filhos devem ter medidas rigorosas de responsabilidade porque, com muita frequência, eles se aproveitam dos pais”, disse Folkes.

Não sacrifique seu próprio futuro financeiro

Se um “bumerangue” envolve algo como ocupar um quarto vago que já está lá, isso é uma coisa. Mas se o arranjo afetar o seu próprio futuro, impedindo-o de contribuir para fundos de aposentadoria, exigindo que você use suas economias, e assim por diante, então é necessário pensar melhor sobre como manter as finanças de todos no caminho certo.

Por exemplo, na pesquisa da Thrivent, 38% dos pais cujos filhos voltaram para casa relataram dificuldades para pagar suas próprias dívidas, em comparação com 23% verificados na pesquisa do ano passado. E 37% dizem que acham mais difícil economizar para a aposentadoria ou para os custos de moradia, em comparação a 16% no ano passado.

Nesse caso, um terceiro imparcial, como um consultor financeiro, pode ajudar a analisar a situação objetivamente. “Os pais amam tanto seus filhos que, às vezes, as emoções tomam conta e eles não pensam em si mesmos”, disse Gonzalez, da Thrivent.

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