Ex-militar foi expulso da corporação em 2021 por envolvimento em contrabando cigarros
O ex-policial militar Weliton Arce Espíndola, expulso da corporação em 2021 por envolvimento em contrabando de cigarros, foi preso nesta quarta-feira (8), na BR-163 por policiais da PRF (Polícia Rodoviária Federal) com uma carga de cocaína escondida em um Hyundai HB20.
O flagrante foi no Km-454 quando o ex-militar foi parado. Ele estava na companhia de uma mulher e duas crianças de 9 e 15 anos. Inicialmente ele contou aos policiais que estava indo para uma chácara para aluguel de festas e que a mulher era massoterapeuta.
Ele ainda falou que o carro havia sido comprado recentemente e não havia sido transferido ainda. Os policiais desconfiaram e revistaram o carro onde descobriram a carga de cocaína, um total de 25 quilos que estava escondido no painel do veículo.
O ex-militar ficou em silêncio não dizendo para onde a droga seria levada. A cocaína foi encaminhada para a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico).
Expulsão por contrabando
Segundo apontado pela denúncia, Weliton viajava em uma picape Montana, acompanhado do pai, na região de Ponta Porã, no dia 10 de abril de 2018. Ao passar pela Base Operacional da PMRE (Polícia Militar Rodoviária Estadual), ele foi abordado por Edevaldo, que identificou os 630 maços de cigarro paraguaios que o colega levava na carroceria.
Weliton teria se identificado como policial e pedido que o colega não o denunciasse, pois estaria passando por problemas financeiros e precisava do ‘extra’ para ajudar a família. Edevaldo então teria pedido os documentos do PM e entrou para a base, sem dar voz de prisão ao policial, mesmo com a situação de flagrante.
A princípio, foi registrada a fuga de Weliton e do pai dele enquanto Edevaldo estava dentro da base operacional. No entanto, foi apurado nas investigações que Edevaldo teria tentado cobrar vantagem indevida do colega, para que ele retirasse o veículo apreendido. Uma testemunha chegou a relatar que Weliton pedia a ele R$ 5 mil emprestado para recuperar a picape.
Weliton foi condenado a 2 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto, por contrabando.