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Com Sigo fora do ar, mulher tenta B.O. por quebra de protetiva e é mandada de volta para casa em Campo Grande

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Denunciante foi informada na Deam que seu boletim de ocorrência não seria registrado devido ao sistema estar ‘fora do ar’

 

Uma mulher de 35 anos teve negada nesta terça-feira (7) o registro de sua denúncia de quebra de medida protetiva na Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), em Campo Grande. Ela afirma que foi orientada que voltasse para sua casa, pois com o Sigo (Sistema Integrado de Gestão Operacional) fora do ar seria impossível registrar a denúncia.

Os problemas apresentados pelo Sigo persistem desde o início do ano, alternando momentos de lentidão com outros em que fica totalmente fora do ar. A situação impede o registro de boletins de ocorrências pela Polícia Civil do Estado.

Segundo a denunciante, que é moradora do bairro Dom Antônio, ela buscou atendimento na Deam e foi informada que não haveria como resolver nada diante de sua situação porque estava sem sistema e sem previsão de volta.

“Orientaram que eu ligasse antes para não perder a viagem, porque moro bem longe da delegacia, agora tenho que voltar outro dia”, contou.

Ela relata que não é a primeira vez que encontra dificuldades na Deam devido à questão do sistema para registros. “Há três semanas estive aqui para pedir a medida, fiquei seis horas esperando, mas consegui. O sistema estava caindo toda hora e lá me disseram que tem um mês que a situação está assim”, contou.

“A DEAM é para funcionar 24 horas e meu caso é de urgência, fica difícil existir um serviço que porém não funciona”, reclamou. “Quando a pessoa veio em casa, chamei o 190, mas quando chegaram, ele já tinha ido embora, e então me orientaram a fazer o boletim de ocorrência”.

Depois de passar pela Deam e não conseguir o registro, ela se deslocou até a 5ª Delegacia de Polícia no bairro Piratininga, mas “lá também não registraram porque o sistema caiu de forma geral”, afirmou.

Desconexão, instabilidade e lentidão no Sistema

No último dia 3, o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) informou, em nota, que protocolou um ofício na Sejusp no dia 27 de abril solicitando a solução do sistema com urgência, pois o mesmo estaria com ‘lentidão extrema’.

Além do Sigo, o E-MS, também tem enfrentado instabilidades e gerado transtornos tanto aos policiais civis quanto à população, pois as delegacias têm registrado filas para o registro das ocorrências.

Diante da situação, a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), respondeu por meio de sua Assessoria que o Sigo passa por um processo de melhorias, mas hoje apresentou uma pane.

Diz a nota: “O Sigo passa por melhorias, com a implantação de novos servidores. Nesta terça-feira, o sistema apresentou uma pane, sendo que a equipe técnica já está trabalhando para solucionar a falha, de maneira a evitar prejuízos para a população. Porém, os atendimentos urgentes estão sendo feitos normalmente nas delegacias da Polícia Civil, bem como todos os chamados estão sendo atendidos pela PM via número 190”.

Ainda segundo a nota, o retorno à normalidade deve acontecer o mais breve possível, sendo que todas as equipes técnicas estão trabalhando na resolução do problema.

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