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Projeto Craque na Vida envolve 29 mil alunos da REME

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O projeto Craque na Vida vai atingir 29 mil alunos do 6º ao 9º ano da REME (Rede Municipal de Ensino) de Campo Grande, neste ano letivo. A cerimônia de lançamento ocorreu na manhã desta terça-feira (7), tendo sido apresentado aos coordenadores de 70 escolas municipais.

O projeto engloba ações didático-pedagógicas para a identificação de habilidades, incentivo ao protagonismo, autopercepção e autoavaliação das condutas dos alunos, fatores que levam à melhoria de comportamento dentro e fora da escola.

Agora, os professores serão preparados com formação continuada para desenvolver a ação com um curso on-line, no dia 14 de maio. Após a formação, eles estarão aptos para fazer a mediação do processo educativo.

Na prática, o projeto educacional utiliza-se de livros, suporte pedagógico e ferramentas tecnológicas que vão facilitar a identificação das habilidades e dos tipos de inteligências dos alunos. O levantamento também mapeia o ambiente escolar e identifica as ameaças, como violências verbais e físicas. A partir dos dados coletados, a escola vai traçar ações para a melhorias, que vão desde ação de prevenção ao uso de drogas, à violência e ao bullying, até a melhoria nas relações sociais e interpessoais.

Segundo a chefe da Divisão do Ensino Fundamental e Médio da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), Ana Ribas, o projeto Craque na Vida é uma parceria da Secretaria Municipal de Educação com a Editora Avante.

“A proposta tem como objetivo trabalhar a educação integral, que envolve as dimensões formativas, para romper esse reducionismo de ser apenas cognitivo ou afetivo. Então, o projeto vai debater também aquilo que está preconizado nas legislações, combate à violência, droga, incentivar o protagonismo, serão identificadas as inteligências múltiplas, tudo isso com o objetivo de desenvolver as dimensões formativas do aluno, que não são apenas as dimensões”.

Conforme a diretora-adjunta da educação, Maria Lúcia de Oliveira, tudo que vai de encontro para contribuir para a melhoria de vida dos alunos, é bem-vindo. “Ensiná-los a serem protagonistas das suas próprias histórias também faz parte do que a gente constrói no dia a dia. E assim a gente não pode esquecer do principal objetivo na escola. E trazer tudo que tem, construir junto para que eles cresçam, não só na aprendizagem”.

A professora Fabiana Aparecida Cáceres, mestre em educação e coordenadora do programa de formação continuada do projeto Craque na Vida, da Editora Avante, afirma que o diferencial é a visão do acolhimento do estudante. “Dentro dos aspectos relacionados à violência, como bullying, a prevenção do uso de drogas, tudo isso integrado a uma metodologia de ensino envolvendo as inteligências múltiplas. Porque quando nós falamos sobre vulnerabilidades, nós vamos pensar às vezes nas fragilidades e a gente precisa trazer as saídas positivas. E a saída positiva é o processo de ensino e aprendizagem e o desenvolvimento integral dos estudantes”.

Visão pedagógica

Paulo Rodrigues é coordenador da Escola Municipal Fauze Scaff Gattass Filho e diz que a unidade tem 300 alunos dos 6º ao 9º ano.

“A ideia do projeto é ter essa conversa com o aluno, poder ter uma discussão e toda essa conversa diferenciada sugerida pelo projeto, não maçante, mas também não informal, porque tem toda uma base da BNCC, mas essa conversa a gente consegue trazer uma outra visão para esses alunos, por isso será bom”.

Rosana Florença do Nascimento é coordenadora da Escola Municipal João Evangelista Vieira de Almeida e são 270 alunos na faixa etária em que o Craque na Vida será aplicado.

“Nossa escola está precisando de um projeto assim, devido a muitos acontecimentos desagradáveis no nosso país, como a questão do uso de droga, do bullying. Eu percebi que esse projeto é voltado para essa temática e aí resolvi investir e fazer com que a escola se desenvolva para tentar sanar ou tentar diminuir essa questão na escola”.

Esmeraldo Pereira de Lima, diretor-adjunto da Escola Municipal Arlene Marques Almeida, localizada no Jardim Canguru, afirma que são 1.400 alunos do 6º ao 9º ano. “O projeto traz um horizonte para as crianças, pois nossa comunidade é carente. Então nós precisamos de espaços, precisamos de projetos e precisamos de incentivo. E esses alunos, por enquanto, ainda estão engatinhando nesse caminho”.

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