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Entulhos, medicamentos e lixo doméstico formam ‘paredão’ que virou problema crônico na Ernesto Geisel

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São cerca de 400 metros de lixos descartados irresponsavelmente em uma das vias mais movimentadas da capital

 

Quem trafega pela Ernesto Geisel, mais precisamente no trecho próximo à Vila Nhanha, em Campo Grande, com certeza já se deparou com um paredão de lixo, terror de quem mora ou trabalha na região. São cerca de 400 metros de lixos descartados irresponsavelmente em uma das vias mais movimentadas da capital.

Moradores e empresários que vêm entulhos sendo jogados diariamente no local, se indignam. Embora cobrem a Prefeitura de Campo Grande para que as limpezas no local sejam mais frequentes, eles enfatizam que a grande problemática é a população que faz o descarte ali, “como se fosse terra sem lei”.

No entulho, que invade o início do asfalto e vai até às margens do córrego que corta a cidade, se encontra de tudo: medicamentos, embalagens, podas de árvores, lixo doméstico e resto de construção.

Problema é antigo e revolta moradores. (Alicce Rodrigues)

Prefeitura limpa, mas logo começam o descarte novamente

Um comerciante da região, que preferiu não se identificar, conta que a situação é antiga. Lá, sempre que a Prefeitura faz a limpeza, logo vem alguns moradores e retomam os descartes irregulares. Segundo ele, a última limpeza foi realizada no final de 2023.

“Isso aqui é uma vergonha, porque se eu fosse jogar lixo da minha empresa ali, com certeza tomaria multa ou até seria preso. Mas o pessoal joga de tudo, fica uma imundice e não dá nada. Aqui na loja vive aparecendo bicho”, afirma.

O empresário aponta ainda que muitos moradores de bairros próximos pagam moradores em situação de rua ou usuários de droga para que eles levem o lixo até o paredão.

“Alguém precisa fazer alguma coisa. Tem gente que paga R$ 5, R$ 10 para os moradores de rua, aí eles vêm aqui e jogam esse lixo todo”, diz.

Lixos descartados às margens da rua. (Alicce Rodrigues)

Um segundo comerciante, que também não quis ser identificado, afirma que o número de pessoas em situação de rua ali na região cresceu muito nos últimos meses e isso tem contribuído para as condições precárias do local.

“É péssimo morar e trabalhar aqui porque sempre tem gente jogando coisas. Os usuários fumam ali, fazem as necessidades fisiológicas deles, é uma aglomeração muito grande de pessoas nessa situação”, conta.

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