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Sem seguro, lojistas do Camelódromo devem gastar R$ 20 mil só para reconstruir cada box incendiado

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Centro de compras não abre nesta segunda e comerciantes ainda avaliam prejuízo

 

O cheiro de fumaça ainda exala nas proximidades do Camelódromo de Campo Grande. Na manhã desta segunda-feira (12), lojistas se preparam para avaliar o valor total do prejuízo com o incêndio da mercadoria dos boxes atingidos pelo fogo, já que nenhum deles possui seguro. Só para reconstruir a estrutura de cada unidade o valor pode extrapolar os R$ 20 mil.

Narciso Soares, presidente do Camelódromo, explica que as seguradoras não fecham contratos de seguros com as lojas do estabelecimento diante do alto risco de incêndio e valor de produtos no espaço com 473 boxes. Desde um incêndio há 10 anos, o comércio adotou medidas de segurança, como desligar a energia elétrica a partir das 18h40, com exceção das câmeras de segurança.

“Vamos analisar as câmeras de segurança para ver onde e como o fogo começou. Temos a suspeita de que teria sido um celular na tomada, mas não podemos afirmar ainda”, disse.

Dos boxes destruídos completamente, foram duas lojas de roupas, duas de assistência técnica de eletrônicos e uma de brinquedo. Outras quatro foram atingidas parcialmente.

Incêndio destruiu boxes no Camelódromo (Foto: Henrique Arakaki)

“Tinha dois seguranças que conseguiram abrir o cadeado do box e evitar um estrago maior, além de abrir a porta de ferro. Os seguranças têm alicate para abrir nessas situações. Um militar que passava também avistou a fumaça e o Corpo de Bombeiros chegou rápido e evitou que o fogo se alastrasse mais”.

Narciso ainda relata que o camelódromo tem estrutura muito antiga, com 25 anos de atuação e uma reforma é necessária. “Temos um sistema de brigada, uma caixa de água que ajuda nessa situação. O Governo do Estado e a prefeitura sinalizaram dar apoio. Só de estrutura de cada box é R$ 20 mil. O camelódromo é um ponto turístico da cidade e fonte de sustento das famílias”.

Mais de R$ 70 mil em prejuízo

Cicera Jesuíno dos Santos, de 52 anos, é irmã da dona do box de brinquedo e está acompanhando a visita nesta manhã. Ela também tem uma loja no local, mas que não foi atingida. Desde ontem, a família está preocupada em como irá sanar o prejuízo.

“Ela veio ontem e hoje vem mais tarde. Só de estimativa de prejuízo em mercadoria é R$ 40 mil, de estrutura do box uns R$ 20 a R$ 30 mil, vai beirar uns R$ 70 mil para começar de novo. A fiação elétrica daqui é muito antiga e é um assunto que temos falado sempre. Acredito que possa ser feito um rateio entre os comerciantes. Para refazer a fiação deve custar uns R$ 1 milhão”.

Fechado até quarta-feira

O Camelódromo de Campo Grande não abrirá ao público nesta segunda-feira (12). A decisão foi tomada pela associação de comerciantes que administra o espaço em virtude do incêndio que destruiu sete boxes.

De acordo com os lojistas, o centro de compras será aberto às 8 horas de hoje apenas para comerciantes avaliarem prejuízos e estragos após as chamas consumirem os boxes 359, 360, 361, 377, 378, 379 e 380.

Ainda não há estimativa se o centro comercial volta a funcionar já nesta terça-feira (13).

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