Versão de estupro foi criada por um dos autores que não aceitava o relacionamento do adolescente com a filha
O adolescente de 17 anos, morto no “tribunal do crime”, em Deodápolis, não cometeu estupro, afirma a Polícia Civil.
Conforme o delegado responsável pelo caso, Anderson Guedes de Farias, o adolescente mantinha um suposto relacionamento com a filha de um dos autores, que não aceitou o envolvimento e planejou o crime e a versão do estupro.
O assassinato envolveu cinco pessoas, foi filmada e compartilhada na rede social. O crime aconteceu na noite de sábado (13), mas só foi confirmado nesta segunda-feira (15).
Segundo a polícia, os criminosos foram presos e confirmaram o crime.
Fabiano Alves Capelaxio, 35 anos, diz ter ouvido quando o adolescente falou sobre o relacionamento com a filha e decidiu cometer o crime.
O pai da adolescente se reuniu com mais quatro indivíduos e os cinco buscaram a vítima em casa. O menino foi atraído para uma área rural com a alegação de que seu tio havia sido sequestrado.
Após a execução do adolescente, o tio da vítima, que realmente foi sequestrado, permaneceu no local, mas conseguiu fugir e foi direto à polícia denunciar o crime.
Após a denúncia do familiar do adolescente, a equipe policial foi ao local do crime e encontrou o corpo. Na sequência, uma força-tarefa das Polícias Civil e Militar foi montada para encontrar os cinco suspeitos de envolvimento no assassinato.
Além de Fabiano, foram presos no domingo (14), João Pedro Leoncio de Lima, Rafael Kennedy da Silva Alves, Ryan Lucas Teixeira Salustriano, os três com 19 anos e Erik Henrique da Silva Jesus, de 21 anos.
Um dos suspeitos, apontado como responsável por cortar o pescoço da vítima, foi encontrado na rodoviária da cidade, enquanto tentava fugir para São Paulo.