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Custo da cesta básica em Campo Grande teve maior queda entre as capitais em 2023

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Entre as 15 capitais brasileiras pesquisadas, Campo Grande foi a que teve maior redução de 6,25% em dezembro de 2023

 

A cesta básica comercializada em Campo Grande ficou -6,25% mais barata em dezembro de 2023, na comparação com o mesmo período no anos anterior, sendo a maior queda registrada entre as 15 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Ainda segundo com o levantamento divulgado nesta segunda-feira (8), apesar da retração anual, a Cesta Básica na Capital teve um aumento mensal de 3,39%, ficando mais cara em dezembro se comparada ao mês de novembro de 2023.

Outra redução observada, entre dezembro de 2022 e 2023, foi o preço da carne bovina de primeira que diminuiu em -12,26%. Conforme o Dieese, o aumento da oferta de carne no mercado interno, a suspensão temporária da exportação para China e os altos preços ainda praticados explicam a redução do valor no varejo.

O valor médio da farinha de trigo, também apresentou queda em todas as cidades do Centro-Sul, nos últimos 12 meses. As variações mais importantes ocorreram em Campo Grande (-17,07%). A queda é resultado da maior oferta nacional e internacional de trigo reduziu o preço do grão e da farinha no varejo.

Cesta básica x Salário mínimo

O valor da cesta em dezembro de 2023 ficou em R$ 697,69, com variação mensal de 3,39% e anual de -6,25%. O comprometimento do salário mínimo líquido para poder comprar uma cesta básica na Cidade Morena é de 57,14%, ou seja, restando apenas R$622,31 para as demais despesas.

Se comparado ao ano de 2022, quando o salário mínimo líquido era de R$ 1.121,10, o comprometimento da cesta alcançou 66,8%, sendo necessárias 135h e 05 de trabalho para comprar uma cesta com 13 itens de alimentação.

Atualmente, a jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica na cidade morena foi de 116
horas e 17 minutos. O valor da cesta básica para uma família composta por quatro pessoas é de R$ 2.093,07.

Itens da cesta

No último mês de 2023, a farinha de trigo (-5,95%), o leite de caixinha (-2,44%) e o pão francês
(-2,22%) registraram retração nos preços, apesar da demanda ter aumentado, em função do
período de festas e férias escolares.

Em 12 meses, somente o pãozinho registrou variação positiva de 0,38%), pois há outros componentes na formulação de seu preço. O motivo seria a guerra entre os maiores produtores mundiais de trigo, Rússia e Ucrânia.

A queda nos preços do leite de caixinha ao longo de oito meses, fez com que o acumulado fosse negativo (-10,47%), e o preço médio no ano passado fosse de R$ 5,67 o litro. Em dezembro de 2023, o preço médio do lácteo ficou em R$ 5,22 – contra R$ 5,88 em dezembro de 2022.

Também no caso do derivado, mesmo com a alta em dezembro, a manteiga (1,71%), registrou retração ao longo de um ano (-2,18%).

Em alta

Revertendo a queda registrada em novembro, a batata registrou a variação mais expressiva em dezembro (29,03%). O preço médio do tubérculo em dezembro foi de R$ 6,00. Em 12 meses, o acumulado também é positivo (10,50%), e o preço médio ficou em R$ 4,94.

Em novembro e dezembro o feijão carioquinha (15,43%) registrou alta de preços na capital, sendo a mais expressiva no último mês do ano. Em 12 meses, a variação acumulada é negativa (-7,28%), pois em dezembro de 2022, o quilo do grão ficou em R$ 8,39, enquanto em dezembro de 2023, fechou em R$ 7,78.

Também registraram altas em dezembro o tomate (8,97%), o óleo de soja (7,44%), o arroz agulhinha (6,47%), a banana (4,06%), o café em pó (3,99%), o açúcar cristal (3,08%) e a carne bovina (0,58%).

Em 12 meses, o tomate acumula discreta alta (0,27%), contudo, o patamar de preços permanece elevado para o consumidor – o preço médio do fruto em 2022 foi de R$ 6,38, e em 2023 alcançou R$ 6,93.

As altas registradas no 6º bimestre de 2023, não afetaram a retração que já vinha sendo observada no preço do óleo de soja (-30,03%), o que também foi observado no caso da carne bovina (0,58%), cuja retração em 12 meses alcançou (-12,26%).

O período de safra da banana (4,06%) não foi capaz de sustentar a redução de preços notada em novembro. Na comparação entre dezembro de 2022 e 2023, contudo, o resultado é de retração de preços (-8,95%).

Projeção

Confirmando a tendência de alta do arroz, o Dieese aponta que deve permanecer enquanto a política indiana estiver em vigor. Em dezembro o arroz teve variação positiva de 6,47% e, em 12 meses, o acumulado foi o mais expressivo entre os itens da cesta básica, com 32,11%.

Já o comportamento de alta observado em dezembro nos preços de café em pó (3,99%) e açúcar cristal (3,08%), não aconteceu de modo igual ao longo de 12 meses. No caso do café, o acumulado é negativo de -9,46%, e no caso do açúcar é positivo, de 2,56%.

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