Amanda alegou que o pai tinha dado hormônios para ela, com a finalidade de “parecer mais velha”
A estelionatária Amanda Maria Sousa Oliveira, de 43 anos, foi presa na tarde desta sexta-feira (3), ao apresentar falsa identidade na Capital. Ela estava fingindo ser uma criança ao dar entrada na unidade de acolhimento institucional para menores situada no Bairro Vilas Boas, em Campo Grande.
Conforme apurado, a equipe de acolhimento recebeu a mulher que alegou ser Gabrielly dos Santos, nascida em Feira de Santana (BA), no início da tarde. No entanto, ela não sabia informar como havia chegado até a cidade sul-mato-grossense e não possuía documentos pessoais.
Em uma busca rápida em portais de notícia, os funcionários encontraram casos similares relacionados a Amanda. Diante da desconfiança, a mulher foi encaminhada para a Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário e Centro Especializado de Polícia Integrada), onde foi ouvida e identificada.
No seu depoimento, Amanda relatou que é andarilha e sofre de transtornos mentais. Em uma viagem recente, recebeu ajuda de um casal que a deixou na Casa da Mulher Brasileira no dia 14 de Outubro, após a própria dizer que seria menor de idade. Na unidade, o Conselho Tutelar foi acionado, fazendo o encaminhamento até o abrigo.
Histórico – Em Julho deste ano, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Amanda, que dizia ter sido vítima de rituais de bruxaria, cárcere privado, maus-tratos e prostituição infantil. Segundo o jornal O Dia, a mulher alegava que o pai tinha dado hormônios para ela, com a finalidade de parecer mais velha para poder se prostituir.
Na cidade carioca, a andarilha procurou por um projeto social mantido pela então vereadora Renata Magalhães. Com a denúncia dos supostos crimes sofridos por Amanda, os agentes entraram em contato com a Polícia Civil de São Paulo e descobriram que na verdade a menina era uma mulher que respondia por falsidade ideológica. Além da cidade paulista, ela possui passagens por Minas Gerais, Bahia e no Sul do país.
Segundo as investigações, foi descoberto ainda que Amanda possuía diversas agulhas no corpo para dar “credibilidade ao golpe”. Em Nova Iguaçu, a parlamentar chegou a alugar e montar uma casa pelo bem da “vítima”. No dia da prisão, a polícia foi até o apartamento, porque supostamente a menina tinha autismo, e quando entrou, ela tentou fugir, mas foi acalmada e encaminhada a delegacia.