Criado na década de 90 para conscientizar e alertar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero, o Outubro Rosa se converteu em uma das campanhas mais importantes do país, com ações diversas em todos os segmentos da sociedade.
Apesar da importância da iniciativa, para garantir a participação do público feminino, a criatividade é a ferramenta principal para despertar a atenção das mulheres. Foi assim nas unidades da Rede de Assistência Social do município, que contou com atividades socioeducativas, informativas, recreação, além de ações esportivas e até aulões de ginástica, como o que aconteceu no Cras Moema com a participação de 38 mulheres. “Foi um momento importante de conscientização para as nossas meninas, de cuidado e reflexão”, disse a coordenadora da unidade, Lindaura Paz.
Segundo ela, a ideia de realizar o aulão antes da palestra informativa foi para incentivar a participação das idosas que frequentam o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Com uma dinâmica especial preparada pela professora Marina Santos, o aulão teve um repertório de músicas motivacionais e um momento de reflexão.
Após a ginástica, as usuárias ouviram a palestra da pedagoga e assistente social, Josenir Gomes Francelino, que atua no Cras. O foco foi a prevenção e valorização das mulheres.
Já no Cras Canguru, a importância da informação e do diagnóstico precoce foram o tema do relato pessoal da esteticista Laudiceia Melgarejo, que recebeu um diagnóstico em 2021, mas procurou enfrentar a doença com otimismo. Hoje, ela fala sobre sua história de superação em eventos. Para a esteticista, é essencial que a informação chegue em todas as classes sociais para ajudar a desmistificar o câncer.
“Adorei estar no Cras, é um público muito receptivo, gostei muito de estar com elas. Não tenho problema em falar sobre o câncer porque a prevenção é o melhor remédio, por isso eu gosto de contar minha história para inspirar as mulheres a fazerem os exames. De 50 mulheres, se eu conseguir inspirar uma, já fico feliz”, frisou.
A programação contou ainda com a participação da subsecretária de Políticas Públicas para a Mulher, Carla Stefanini. “Achei lindo porque muitos de nossas usuárias já tinham superado outras doenças e se sentiram acolhidas”, disse a coordenadora do Cras Canguru, Márcia da Silva.
Arte e informação
Os usuários do Centro Dia também tiveram um mês repleto de informação. Cartazes, painéis, pinturas e uma palestra ministrada por profissionais da Unidade Básica de Saúde da Família da Vila Carlota formaram a programação para conscientizar sobre o câncer de mama. “Nosso objetivo foi criar ações afirmativas relacionadas à prevenção. É de suma importância o apoio que temos da rede de saúde do nosso território, levando informação como forma também de dignidade aos usuários e profissionais da nossa unidade”, pontuou a coordenadora do Centro Dia, Ninfa Antônia Fernandes Gonçalves.
O Centro Dia atende pessoas com deficiência e conta com uma equipe multiprofissional formada por psicólogas, assistente social e terapeuta ocupacional que atua para oferecer orientações, encaminhamentos para outros serviços da Rede Pública e cuidados pessoais que visam promover a qualidade de vida, autonomia e independência das pessoas assistidas.
Na unidade ainda são oferecidas atividades como culinária, cultivo da horta, cuidado com o jardim, artesanato, esportes na piscina, atividades de lazer, exercícios físicos e musicalização. Também em parceria com a Secretaria de Saúde (Sesau), a equipe do Centro de Convivência do Idoso Elias Lahdo junto com profissionais da unidade de saúde do bairro Coronel Antonino promoveu palestras que incentivaram o auto cuidado da mulher. “Aproveitamos a oportunidade para realizar aferição de pressão arterial, encaminhamentos para exames de mamografia, preventivo e exames laboratoriais”, ressaltou a coordenadora Ana Lia Manvailer.
Evento duplo tiveram os usuários do Cras Los Angeles, que contou com o apoio da equipe do Cras Sul, que aproveitou a reunião de orientações sobre o Bolsa Família para levar a um público de 150 pessoas, uma roda de conversa sobre o câncer de mama. “Foi importante porque tinham casais com família e isso ampliou o compartilhamento das informações”, destacou Edneusa Bonini, coordenadora do Cras Sul.