Até cochilos de guardas noturnos são relatados por profissionais que temem outras ocorrências no local
Profissionais da UBS (Unidade Básica de Saúde) Dr. Antônio Pereira, do bairro Tiradentes, em Campo Grande, vivem momentos de medo e alegam insegurança na unidade. Conforme denúncias, o local já passou por furtos noturnos várias vezes.
Emerson dos Santos Souza, de 47 anos, é analista de suporte técnico e amigo de enfermeiros na unidade. Ele revela que na semana passada entraram no local e levaram computadores. “Os bandidos arrombaram a porta e conseguiram levar as peças. O segurança não percebeu pois estava dormindo e quando se deu conta, os meliantes já tinham ido embora”.
Ele também conta que o carro de uma funcionária do posto de saúde, que trabalha no período noturno, foi furtado e depois localizado no bairro Itamaracá. Quando o assunto se trata de denúncias, por profissionais de uma empresa, poucos querem se expor. Por isso Emerson diz falar por eles. De acordo com o analista, os amigos temem represálias.
“Outro episódio aconteceu essa semana, vários rapazes entraram para consulta com o médico se passando por paciente. O médico receitou e dispensou. Minutos depois, ele voltou com argumentos desconexos. Na recepção do posto médico, perceberam que a intenção era outra. A funcionária que atendia ouviu no fundo da unidade barulhos de um possível arrombamento, logo os funcionários correram para chamar o segurança. Ele estava dormindo”, relata.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que está ciente de alguns episódios e já solicitou o reforço na vigilância, tanto da GCM (Guarda Civil Metropolitana) quanto da Polícia Militar.
“A questão do furto em aparelhos públicos é um problema que deve ser tratado de maneira multissetorial. Tudo o que compete à Sesau tem sido feito para garantir a integridade dos servidores e também dos pacientes”, disse a nota.
Conforme a secretaria, é importante reforçar que as unidades de urgência e emergência contam com a segurança de guardas que ficam responsáveis por fazer as rondas e que eventuais falhas no cumprimento das funções devem ser reportadas ao comando da GCM para que, caso seja necessário, o profissional seja substituído.
A Sesau também orienta que os profissionais ou pacientes lesados dentro da unidade, referente a furtos e roubos, façam o boletim de ocorrência e formalizem a denúncia pela ouvidoria.