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CG 124 anos: Maior aquário de água doce tem histórias e pesquisas inéditas

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Já são 11 registros de reproduções de peixes de forma inédita no mundo e nove no Brasil

 

Em Campo Grande (MS), o “Bioparque Pantanal – Espaço de Experiência e Conhecimento” que é conhecido por ser o maior aquário de água doce do mundo com aproximadamente 19 mil m² de área construída, o complexo conta com 33 tanques, sendo 23 internos e oito externos e abriga 355 espécies de peixes, 2 espécies de répteis e 1 espécie de anfíbio. Além disso, abriga também, a sucuri Gaby, os axolotes, jacarés, Jaú (Maria Fernanda), as arraias Jussara e Jurema e o pintado Adriano. Desta forma, para celebrar os 124 anos da Capital Morena, no dia 26 de Agosto, o Diário Digital produziu uma reportagem para mostrar que nesse pouco mais de um ano de inauguração, o antigo Aquário do Pantanal é cheio de histórias.

CG 124 anos: Maior aquário de água doce tem histórias e pesquisas inéditas

(Foto: Luiz Alberto)

O aquário acumula muitas histórias por já ter sido palco de pedido de casamentos, receber visitas de craques de futebol. De acordo com assessoria do Bioarque, os visitantes famosos que conheceram o local contribuíram na divulgação do empreendimento, do trabalho educativo, técnico científico e de inclusão desenvolvido e, além de levar o nome e as belezas da Capital e do Mato Grosso do Sul para o Brasil e para o mundo. Já passaram pelo aquário Dan Stulbach, Luan Santana, Almir Sater, Zico, Matheus (dupla Mathues e Kauan), Richard Rasmussen, Léo Lins, Paulinho Serra, Oscar Schimidt, Cristiane Oliveira (Juma), Bando do Velho Jack e Pedrinho Pimenta (Atitude 67).

Além disso, o Bioparque já recebeu autoridades de diversos países que se surpreenderam e se encantaram com as belezas do complexo e, principalmente, com a proposta do empreendimento de conectar o lazer à educação ambiental, pesquisa, conservação e ao trabalho de inclusão social aqui realizado, fortalecendo que não somos apenas um espaço de lazer, mas de experiência e conhecimento para todos.

CG 124 anos: Maior aquário de água doce tem histórias e pesquisas inéditas
Os jacarés podem ser vistos na parte externa do Bioparque (Foto: Luiz Alberto)

Dentre as diversas autoridades está o embaixador do Uruguai em Brasília, Guillermo Eduardo Valles Galmes; embaixador da Itália no Brasil, Francesco Azzarello; embaixador do Paraguai no Brasil, Juan Ángel Delgadillo; cônsul do Paraguai, Ricardo Caballero Aquino; embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi; cônsul da República Tcheca MILOŠ SKLENKA; cônsul dos EUA em São Paulo, David Hodge; embaixador dos EUA, Douglas Koneff; embaixadora do Canadá, Jennifer May; e embaixadores da, Bélgica, Suécia, Croácia, Dinamarca, Portugal, Chéquia, Lituânia, Chipre e Polônia (em missão diplomática da União Europeia), Vice-governador de Okinawa, Yoshimi Teruya; alem de Ministros de Estado, da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro, Senadores, Deputados, integrantes dos órgãos superiores do Judiciário, do Ministério Público, e da UNESCO.

No entanto, o Bioparque Pantanal é um empreendimento que vai muito além da contemplação e acaba sendo um espaço de experiência e conhecimento para todos. Sendo assim, para a concretização dessa proposta foram elencados pilares que sustentam as ações e os projetos aqui realizados, sendo a pesquisa um desses pilares. O Núcleo de Pesquisa e Tecnologias do Bioparque Pantanal (NUPTEC) foi criado com 4 eixos  de pesquisas que possuem vinculação às ODS’s, às práticas ESG e estão totalmente alinhadas ao plano de Governo do Estado, em busca da consolidação de um espaço verde, inclusivo, próspero, digital e que contribua no desenvolvimento regional, nacional e internacional sendo eles – tecnologias sustentáveis, tecnologias sociais, tecnologias educacionais e tecnologias de inovação.

CG 124 anos: Maior aquário de água doce tem histórias e pesquisas inéditas
(Foto: Luiz Alberto)

Consolidado como um empreendimento turismo-científico, o aquário direciona, dos 239 tanques que integram o empreendimento, 168 tanques exclusivamente para pesquisa, conservação, sustentabilidade e bioeconomia. Com isso, cada tanque é um verdadeiro laboratório vivo que propicia realização de projetos de pesquisa das mais diversas áreas, hoje contando com mais de 40 projetos de pesquisa em andamento. Como resultado desse trabalho técnico científico já obtivemos resultados surpreendentes, como 11 registros de reproduções de peixes de forma inédita no mundo e 9 no Brasil. Além de publicações científicas e intercâmbios com instituições governamentais e não governamentais.

Educação

Para isso o biólogo e mestrando na área de Biologia Animal pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Rafael Nunes de Souza, explica que o Bioparque tem uma importância turística para o Mato Grosso do Sul. “Porém, além de tudo, é importante local de conhecimento. É um local onde a família toda gosta de conhecer, as crianças gostam muito de ver a diversidade de peixes que há, além é claro dos outros animais como os jacarés que chamam muito atenção. Como sua fauna é composta em sua grande maioria de peixes da nossa região permite que a população possa conhecer mais sobre a fauna local. Então, o local além de ser tornar um ponto turístico da cidade, em que várias pessoas querem conhecer esse grande aquário, deixa a população mais próximo de um ambiente que é tão diferente quanto o ambiente aquático”.

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A visitação das escolas ocorrem de forma gratuita no Bioparque (Foto: Luiz Alberto)

“O aquário além de um lugar de visitação permite que várias instituições como escolas possam levar seus alunos e até desenvolver projetos em parceria com o local, então de certa forma sim, auxilia na construção e conscientização ambiental. Em eventos palestras ministrados pelo aquário como a – I Jornada de Pesquisa e Tecnologias Bioparque Pantanal, podem auxiliar muito nesse quesito de preservação, pois, o conhecimento passado pelos pesquisadores informam da importância desses animais ao ecossistema”, relatou o biólogo.

Ainda de acordo com o mestrando, o pantanal é um dos ambientes mais legais de se conhecer a respeito. “Sua ictiofauna (fauna de peixes) é imensa. Temos desde pequenos peixes como por exemplo Serrapinnus microdon que é um lambarizinho, até grandes peixes como Zungaro jahu que é nosso famoso Jaú. Temos espécies de peixe que são chamados de anuais, são peixes da família Rivulidae, esses peixes precisam do pulso de inundações para eclodirem os ovos, pois como são peixes de ambientes intermitentes (ambientes que secam), seus ovos são depositados no substrato e quando o ambiente seca o ovo entre em um processo de dormencia, quando o local volta a encher o ovo volta a se desenvolver novamente. E essas espécies de peixe são pouco conhecidas pela ciência até o momento”.

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(Foto: Luiz Alberto)

Durante a visita no Bioparque, encontramos o estudante da 5° ano da Escola Municipal Bernardina Corrêa de Almeida do município de Dourados (MS), Kauan Menezes, que é apaixonado por peixes. “Acho a ideia do Bioparque bem legal, pois, eles colocam os peixes para que as crianças aprendam desde pequena sobre a cultura brasileira e entre outras. Eu gosto muito de peixe, pesco com o meu avô e ele me ensinou muita coisa. O meu pai também trabalha no Pantanal e me fala sobre as diversidades de peixes que existem por lá. Então, isso acaba trazendo mais conhecimento para todos. E, por isso que quando crescer quero ser biólogo e quero trabalhar com essas partes do peixes”, contou o pequeno Kauan.

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O estudante da Escola Municipal de Dourados, Kauan Menezes que é apaixonado por peixes (Foto: Luiz Alberto)

O diretor da Escola Municipal Bernardina, Carlos Alexandro Castilho Lima, afirma que o aquário é importante para aprendizagem. “O tamanho da diversidades que nós temos no nosso Estado e no Brasil. “As crianças desde pequena poderem presenciar esses estudos é de suma importância. Pois, eles estudam em sala de aula a teoria e quando vem para o Bioparque podem analisar a prática e, em seguida, desfrutar no dia a dia”.

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O diretor da Escola Municipal Bernardina, Carlos Alexandro Castilho Lima (Foto: Luiz Alberto)

No espaço de experiência e conhecimento para todos, a reportagem encontrou também a Laura Geane da Silva, de 40 anos, que estava acompanhando o do sobrinho que é autista, Arthur da Silva, de apenas 3 anos, em uma visita guiada. “É algo importante e diferente para as nossas crianças. Por ele ser uma criança autista, ele gosta, se distrai e fica alegre, sem falar que é algo que valoriza o nosso Pantanal”.

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Laura da Silva e o Arthur durante a visita guiada no aquário (Foto: Luiz Alberto)

Por fim, o biólogo Rafael salienta sobre a conscientização da população sobre a preservação do ambiente tão diverso que é incrível. “Nós como biólogos explicamos para cada pessoa que o Pantanal – é um ambiente que sofre modificações naturais ao longo do ano devido aos pulsos de inundações e é graças a esses pulsos que permitem essa diversidade”.

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