De acordo com a polícia, o celular de Gabriel Rossi continuou sendo usado após ele desaparecer, no dia 26 de julho.
Mensagens enviadas do celular de Gabriel Rossi, de 29 anos, das quais o g1 teve acesso, mostram uma pessoa relatando que estava sendo ameaçada e pedindo dinheiro para amigos do médico. De acordo com a Polícia Civil, o aparelho continuou sendo usado após ele desaparecer, no dia 26 de julho, em Dourados (MS).
No entanto, o delegado Erasmo Cubas, disse que as conversas que estão circulando podem estar “totalmente fora de contexto”. Já a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que “todas as linhas de investigação estão sendo consideradas”.
Gabriel foi encontrado morto e com os pés e mãos amarradas, em uma casa de aluguel por temporada, na quinta-feira (3). O laudo necroscópico mostrou que o médico morreu por asfixia e provavelmente sofreu estrangulamento.
“Arruma ai quem tem 5 mil na conta eu pago 6 quarta-feira, preciso mandar pro meu tio aqui ele tá me enchendo o saco”, diz em uma mensagem. Em outro momento, a pessoa escreve que está sendo ameaçada por um delegado de Mato Grosso do Sul, “se algo me acontece vc ta sabendo” (sic).
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/A/R/6iqnESQq6XrIYnTNbfLg/ameaca.jpg)
Suposta troca de mensagens entre médico e amigo — Foto: Reprodução
Em outro momento, um familiar começou a desconfiar as mensagens e pediu para que Gabriel enviasse um áudio, mas a resposta só chegou em mensagem. “So manda esse pessoal parar de me amolar que enquanto eu não falar com quem eu tenho que falar eu vou responder ngm!” (sic).
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/t/5/PglKYHRWC1IXExbkLEJw/whatsapp-image-2023-08-03-at-16.26.08-1-.jpeg)
Médico foi encontrado morto com os pés e mãos amarrados — Foto: Redes sociais/Reprodução
Ao g1, o delegado que acompanha o caso, Erasmo Cubas, informou que muitas informações são apuradas após o corpo do médico ser encontrado.
“A informação que temos é que o celular da vítima continuou sendo utilizado mesmo após a morte. Alguém usou o aplicativo de mensagem do médico enquanto ele estava morto”, disse o delegado Erasmo Cubas.
Segundo a polícia, o corpo já estava em decomposição, o que indica que a morte ocorreu há vários dias. Gabriel ainda usava o uniforme que os médicos utilizam no Hospital da Cassems, conhecido como scrubs hospitalar.