A morte de Delanira Pereira Gonçalves, a cantora Delinha, completa um ano nesta sexta-feira (16) e, de acordo com o filho da artista, João Paulo Pompeu, este período foi marcado por muitas homenagens, lembranças e carinhos dos fãs que se esforçam para deixar o legado de sua mãe vivo.
Em entrevista ao Correio do Estado, o radialista e cantor, disse que como filho da Dama do Rasqueado fica feliz pelo reconhecimento que as pessoas têm pela artista que foi Delinha, desde quando ela formava dupla com Délio, pai de João Paulo.
“Eu sinto o carinho que as pessoas têm pela minha mãe. Quando eu toco músicas dela, as pessoas me abraçam dizendo que queriam abraçar a Delinha”, disse..
João ainda relatou que para preservar a velha casinha do bairro Amambai, onde a cantora morou por muito tempo, irá se tornar um memorial, que será mantido pela Associação Cultural Délio e Delinha, que ainda está em fase de consolidação.
“Temos que reformar para receber as pessoas, mas sem tirar sem características originais. Vamos catalogar os arquivos musicais, organizar as memórias, anotações, letras de música”, explicou João. De acordo com ele, a previsão para abertura do memorial é para o ano que vem.
O previsto é que o local, além de preservar as memórias da dupla sertaneja, também servirá como palco para ações culturais, apresentações de artistas regionais, além de outros eventos.
“Hoje em dia, a gente sente o carinho das pessoas na fanpage também. Cada postagem alcança até 70 mil curtidas.” conta.
Além das homenagens que lembram a trajetória da sua mãe, João relata que muitos artistas, inclusive ele, sempre cantam os sucessos da dupla Délio e Delinha em suas apresentações. Músicas como “O Sol e a Lua” e “Prazer de Fazendeiro” sempre fazem parte do repertório de artistas que conheceram a cantora e prezam pela sua arte.
“No programa que eu apresento todas as manhãs na Rádio Educativa MS, que é de música sertaneja raíz, sempre tem alguém que pede alguma música da dupla. São raras as manhãs que não toca Délio e Delinha. Sinto que está sendo passado de geração para geração”, destacou.
E concluiu: “O artista nunca morre porque o legado permanece”.