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Desembargador quer ‘adotar’ empregada após ser acusado de mais de 20 anos em trabalho escravo

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O desembargador catarinense Jorge Luiz de Borba, investigado por supostamente manter uma mulher em condição de escravidão por mais de 20 anos, informou neste domingo (11) que irá reconhecer a empregada como filha.

Segundo o Metrópoles, em nota, divulgada hoje e assinada por ele, a mulher e os filhos, o magistrado diz que foi surpreendido com a denúncia, que resultou no cumprimento de um mandado de busca e apreensão na terça-feira (6) pela Polícia Federal, em apoio ao Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Trabalho (MPT), na casa dele em Florianópolis.

A denúncia era de que a mulher deficiente trabalhava como empregada na casa, sem receber salário ou qualquer outro pagamento pelos serviços.

No texto, ele diz que a pessoa convive há mais de 30 anos com a família e jamais teriam praticado ou “tolerariam que fosse praticada tal conduta deletéria, ainda mais contra quem sempre trataram como membro da família”.

Ainda segundo o portal, por conta disso, Borba alega que ele e a esposa vão entrar com um pedido judicial para reconhecer a filiação afetiva da empregada, “garantindo-lhe, inclusive, todos os direitos hereditários”.

Para a acusação é uma maneira do desembargador escapar da denúncia.

O caso

Jorge Luiz de Borba diz que a vítima recebeu, ao longo desse período, o mesmo tratamento dado aos seus filhos.

Na terça passada, uma operação da PF com participação também do Ministério Público Federal (MPF) e de agentes do Ministério do Trabalho terminou com o resgate da trabalhadora com deficiência auditiva que era mantida pelo desembargador e a esposa, segundo a investigação, sob “trabalho forçado, jornadas exaustivas e condições degradantes”, sem remuneração. Ela também não possuía todos os documentos.

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