Criada em novembro de 2019 e liderada pelo Capitão Contar, do PRTB, a CPI para investigar supostas cobranças irregulares por parte da Energisa, só deu prejuízo à população. A falta de experiência política e técnica do relator – hoje é candidato ao Governo – pode ter sido um dos motivos do fracasso.
Uma das justificativas para o atraso nos trabalhos foi a pandemia da covid-19. É fato. No entanto, conforme apurado nos registros da Comissão, a inexperiência do hoje candidato falou mais alto, deixando brechas para judicialização de questões. A falta de planejamento também pesou para não chegar a resultado algum.
Um dos erros grosseiros de Contar foi não conseguir avaliar – previamente – que a instituição onde os medidores de energia seriam periciados, teria condições de fazer tal apuração. O resultado foi desperdício de tempo e dinheiro na coleta de 200 equipamentos para, no fim, uma universidade do interior paulista desistir da perícia, alegando falta de tempo.
A cada passo errado da Comissão, Contar fazia nova promessa ao cliente, que sofria com supostas cobranças abusivas.
”Nada vai nos impedir de a fundo nessa investigação”, bradou o candidato, em maio deste ano.
CUSTOS
Após batalha judicial contra a empresa – que também tem custos para os cofres públicos – a CPI conseguiu um novo laboratório para periciar medidores que haviam registrado consumos maiores que os realizados por consumidores. Somente a análise dos medidores, no interior paulista, foi orçado em R$ 72 mil.
Somente a coleta dos medidores, em pontos diversos da cidade, muitos longínquos – envolveu a movimentação de 14 equipes da CPI.
Além disso, o transporte dos medidores e os trâmites burocráticos, trouxeram custos que – até o momento – não acarretaram qualquer reparou ao erário. A ida desses 200 aparelhos, até a Capital Paulista, em maio deste ano, foi em um caminhão-baú, que teve de ser lacrado
As diversas sessões da Comissão – ordinárias ou extraordinárias – também geram despesas à Casa de Leis, tudo pago pelo contribuinte.