Na manhã de hoje, cerca de 18 mulheres foram até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher – DEAM e se reuniram na presença do delegado geral Dr. Roberto Gurgel, para pedir esclarecimentos sobre o caso de denúncias sobre assédio sexual envolvendo o atual candidado a governador do Estado de Mato Grosso do Sul, Marquinhos Trad.
Entre elas estavam jornalistas e pré-candidatas, e mobilizadoras de movimentos sociais voltados para mulheres, tais como Luciana Azambuja, Madalena Pereira, Kelly Costa do movimento trabalhista, Elaine Becker da Marcha Mundial das Mulheres, Tati Brum do coletivo empoderamento Feminino, Bianca Knorst Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulheres, Sarah Santos, Mayara Duarte do Mãe Aguia, Dandara Macedo, Gonçalves Pereira Zambon, Rosimere Farias, Tarsilla, Keliana Fernandes, Jaqueline Varela e Luiza Ribeiro.
O movimento que é suprapartidário, motivado por mulheres de Campo Grande, sem relação política, confirmou as informações denunciadas pelas vítimas com a polícia civil. A constatação trouxe informações de que o número de vítimas tem aumentado depois do caso ter vindo a público, de 5 mulheres que conseguiram oficializar os abusos que sofreram, o número cresceu para 8 casos de assédio sexual.
De acordo com o delegado da polícia civil, Roberto Gurgel, existe uma denúncia feita no ano de 2018 contra o pré candidato, envolvendo uma menor de idade. Esta investigação já foi concluída pela polícia civil e encaminhada para o Tribunal de Justiça.
O delegado ainda afirmou que para encorajar novas denúncias para este caso, as mulheres terão um canal exclusivo para realizar as denúncias de forma segura e sigilosa, através do contato direto com a delegada Maíra Pacheco, pelo telefone 67 9 9324-4898. A jornalista e pré candidata à Deputada Federal, Keliana Fernandes, ao lado de outras mulheres e candidatas de diferentes partidos, se posicionou durante a reunião afirmando que o caso não se trata de fake news: “Não são calúnias, são denúncias sérias. A palavra da mulher deve ser levada em consideração e já basta como provas para se realizar uma denúncia. A culpa nunca é da vítima. Tipificar uma denúncia como essa, como manobra da eleitoreira, é desrespeitar o que a lei protege. A palavra da mulher é a prova.”
Outra reunião deve acontecer amanhã, terça -feira, dia 26, para discutir outras tipificações de crimes no nome do ex-prefeito de Campo Grande, Marcos Marcelo Trad.