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Cientistas estudam caso de homem que testa positivo há mais de 1 ano

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Cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, estudam o caso de um paciente que está infectado com o coronavírus há 471 dias, equivalente a 1 ano, 3 meses e 16 dias. Segundo a pesquisa, que está na versão prévia e não foi revisada ou publicada em revista, várias mutações do vírus estão acontecendo no organismo do homem de 60 anos.

Os médicos relataram que o paciente tem pelo menos três variantes no corpo e que as alterações no genoma estão ocorrendo em uma velocidade duas vezes maior do que a vista globalmente. Por isso, ele pode ser considerado um possível transmissor de novas cepas

“Durante a infecção, encontramos uma taxa evolutiva acelerada do vírus, que se traduz em 35 substituições de nucleotídeos por ano, aproximadamente duas vezes maior que a taxa evolutiva global do Sars-CoV-2”, afirma o estudo.

Ainda de acordo com os pesquisadores, a situação é diferente da Covid longa, porque o paciente não teve
sintomas, mas segue com alta carga viral. Além disso,
os vírus continuam infecciosos. Os cientistas também
apontaram que as infecções prolongadas pelo
coronavírus são mais comuns em pessoas
imunossuprimidas, o que explicaria o caso do homem,
que está em tratamento contra um câncer.

A pesquisa observou que as variantes apareceram em
dois momentos diferentes: nos três primeiros meses
depois do primeiro diagnóstico e após aproximadamente dez meses. Isso “sugere que múltiplas novas variantes podem surgir simultaneamente e potencialmente se espalhar” a partir de uma pessoa. “Isso pode ser especialmente problemático, pois muitas infecções crônicas, como foi o caso desse paciente, permanecem assintomáticas para Covid-19, e [os pacientes] podem se sentir bem o suficiente para retomar interações regulares com outras pessoas, alertam os estudiosos.

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