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Durante o incêndio no Fort, funcionário tenta vender vídeos de fogo lá dentro; ‘vamos levar?’

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Durante a cobertura do incêndio que atingiu o Fort Atacadista na Avenida Presidente Vargas, em Campo Grande (MS), na noite de sexta-feira (22.abr.22), um jornalista do MS Notícias foi abordado por um funcionário uniformizado do supermercado oferecendo um vídeo que mostrava o incêndio dentro da loja. Após mostrar o vídeo ao jornalista, o funcionário disse: “Vamos levar? Depende do ‘faz-me rir”, usando a gíria para indicar que estaria cobrando um determinado valor para fornecer a imagem à imprensa.

Segundo o vendedor, o vídeo ‘quente’ teria sido gravado por uma mulher que o transferiu pouco depois. Inicialmente, ele tentou vender o vídeo para um repórter cinematográfico de uma emissora de TV, no entanto, o repórter desvencilhou-se após o indivíduo cobrar para ‘repassar’ a imagem.

Na sequência, o funcionário se aproximou do jornalista do Portal. A equipe do MS Notícias o alertou que tal atitude poderia lhe render prejuízos em seu trabalho, caso o comportamento dele fosse revelado. O funcionário do Fort rebateu: “Está todo mundo oferecendo os vídeos aí que fizeram, acho que não tem problema ganhar com isso”, opinou. Próximo dali havia um outro grupo de funcionários que observava a situação desaprovando a atitude.

O funcionário “vendedor”, notando a insatisfação do jornalista e dos que estavam ao redor, montou em uma bicicleta com um amigo e foi embora do local.

O INCÊNDIO

O fogo foi rapidamente controlado. Mais de 30 mil litros de água foram usados para combater as chamas. O comandante do 1º Grupamento de Bombeiros Militar, tenente coronel Fernando Carminatti, disse que apesar de todo o barulho e agitação, graças a rápida chegada dos Bombeiros o fogo foi extinto em poucas horas de trabalho. Apesar disso, os Bombeiros devem fazer o chamado ‘rescaldo’ (apagar braseiros, para evitar que volte a pegar fogo), ao longo da noite toda.   Como existe muito material ‘carga’ armazenado, conforme o rescaldo vai sendo feito, ainda há reignição no fogo. Isso é normal em casos de incêndio, por isso é feito o rescaldo. Nesta fase nós reviramos todo esse material que ainda está quente e que ainda pega foggo em alguns locais”, comenta o tenente coronel. Uma máquina do tipo bobicat será utilizada para revirar as mercadorias enquanto é feito o resfriamento”, disse ao site Campo Grande News, que ainda está no local.

O Fort se manifestou por meio de nota:

“O Fort Atacadista informa que o Corpo de Bombeiros está na loja da Getúlio Vargas, no bairro João Paulo II, e controla o incêndio no empreendimento, que teve início por volta das 19h45, desta sexta-feira (22). Não há registro de feridos e vítimas, já que toda a área foi prontamente evacuada logo no início do foco do incêndio. As causas do incêndio ainda serão confirmadas, já que a perícia inicia somente após o término dos trabalhos e os laudos são finalizados em até 30 dias após a investigação”.

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