Pré-candidata à presidência, a senadora sul-mato-grossense Simone Tebet (MDB) defendeu, nesta sexta-feira (4), salários equivalentes para homens e mulheres que ocupam a mesma função.
Há, inclusive, projeto em tramitação no Congresso Nacional que multa empresas que discriminam trabalhadores por gênero.
“Esse tema inclui a equidade de salários, com remunerações iguais para homens e mulheres que desempenham as mesmas funções”, disse a pré-candidata em café da manhã com um grupo de especialistas em políticas públicas, no Rio de Janeiro.
Compareceram ao encontro os economistas Tiago Berriel, Eduardo Zilberman, Cecília Machado, Ricardo Henriques (especialista em educação) e Elena Landau, coordenadora da área econômica do Programa de Governo da emedebista.
Na reunião, o grupo discutiu também assuntos como a mobilidade urbana, analisando aspectos como o preço das tarifas e os gargalos do sistema público de transportes. A inclusão produtiva, uma questão crucial para Simone Tebet, também foi abordada.
Desigualdade salarial entre gêneros
Em fevereiro de 2021, a agência de empregos Catho constatou que mulheres, mesmo ocupando os mesmos cargos e realizando tarefas iguais às dos homens, chegam a ganhar até 34% menos do que eles. Em funções como gerente e diretor, essa diferença é de 24%, conforme publicado pelo Correio Braziliense.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estima que o rendimento médio das mulheres entre 40 e 49 anos, em 2018, era de R$ 2.199, enquanto o dos homens chegava a R$ 2.935. Os valores ficavam mais próximos quando a faixa etária diminuía — 25 a 29 anos. Nesses casos, a média do salário feminino era de R$1.604 e a do masculino, de R$ 1.846.
Lei para multar empresas
Lei em tramitação no Congresso Nacional pretende combater essa disparidade. Proposto pelo ex-deputado Marçal Filho, também de Mato Grosso do Sul, o projeto prevê multa a favor da empregada.
O valor será, caso o texto seja mantido, cinco vezes a diferença de salários durante todo o período de contratação da mulher. De acordo com Marçal, o objetivo é combater a diferença na remuneração verificada entre os dois gêneros.